domingo, 6 de março de 2011

Quanto tempo mais?

Nesses dias chuvosos pré-carnaval, aproveitei para assistir o tão comentado...



127 horas é um filme baseado em fatos reais que conta a experiência de Aron Ralston, alpinista americano, em uma aventura no Canyon de Utah.Dirigido por Danny Boyle, o longa mostra a vida de Aron antes e depois do incidente sofrido nessa escalada ao ficar com seu braço preso entre uma rocha e se deparar com a dificuldade de estar sozinho e passar praticamente 5 dias nessa situação.

A princípio, Aron Ralston aparece como um jovem descontraído, que "não deve nada a ninguém" e vive a seu bel prazer, fazendo sempre o que lhe agrada.Raramente atendia as ligações da mãe,portanto era difícil que soubessem onde ele estava.Ele na verdade não queria ser achado, não precisava de ninguém a não ser sua mochila, seu headphone, sua andrenalina e sentimento de liberdade.

As coisas mudam quando acidentalmente Aron cai e fica com o braço direito preso.Tenta de todas as maneiras se soltar, porém, passado algumas horas ele entende que a situação era grave e que não seria tão fácil sair dali.Com pouco alimento, pouca água e numa posição não tão confortável, luta pela sobrevivência.

O que me admira na atitude do alpinista demonstrada no filme foi a sede de viver e não desistir, mesmo sozinho com um problema que parecia praticamente invencível.Ele estava em uma situação de hábito dele, talvez distraído, pois aquele tipo de aventura não era estranha. Quantas vezes mantendo nossa rotina somos surpreendidos por dificuldades e obstáculos que parecem intransponíveis. Me pergunto se nossa atitude é a mesma que a de Ralston, de lutar com todas as forças, com todas as ferramentas, com tudo aquilo que temos em mãos, e não nos darmos por vencidos, mas irmos além da "última gota".

Uma segunda reflexão que me veio ao assistir o filme, foi quanto tempos nós precisamos ou quantos acontecimentos nós necessitamos passar para percebemos que algumas atitudes que parecem simples, podem fazer toda diferença para nós e para aqueles que convivem conosco, como atender ou fazer um telefonema, dizer algo a alguém, etc...

O aventureiro foi compreendendo isso aos poucos, nos momentos de aflição em que passava. Percebeu que nem tudo daria para ser feito sozinho como sempre foi com ele e o quanto ele deveria valorizar aqueles que o amavam e se preocupavam com ele.

Recomendaram pra mim, igualmente recomendo.
;D

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